quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Trono da Morte


trechos retirados de historia.abril.com.br

Momentos antes da execução de William Kemmler, primeira pessoa a ser condenada à morte por eletrocução, os médicos presentes e o diretor da prisão de Auburn, Nova York, ainda discutiam sobre o tempo do choque a ser administrado. Na dúvida, para evitar queimar partes do corpo de Kemmler, deram somente 10 segundos e criaram uma cena bizarra. Kemmler sobreviveu e, agonizante, teve que esperar alguns minutos para que o equipamento fosse preparado novamente para gerar outro choque capaz de dar cabo do coitado. Resultado na sala de execução: além do morto, um repórter da United Press desmaiado, testemunhas vomitando e gritaria generalizada.


Era 6 de agosto de 1890. Começava, com uma sucessão de erros, a era da cadeira elétrica. No dia seguinte, os jornais, apesar de terem concordado em não publicar detalhes da execução, não pouparam críticas ao novo método, aclamado por seus defensores como o primeiro método científico de matar. Uma técnica rápida, limpa e indolor, digna do novo século que começaria em breve, e que tinha o apoio do maior inventor de seu tempo: Thomas Edison.

Trono fatal

Como funcionava a cadeira da morte
Eletrodos
Eram dois: um ficava dentro do capacete e era ajustado ao topo da cabeça do condenado. O outro era fixado junto à base da coluna (hoje ele é colocado na perna). Entre a pele da pessoa e o eletrodo eram colocadas esponjas embebidas numa solução de água e sal para conduzir melhor a corrente elétrica e evitar que partes do corpo queimassem
Cronômetro
Em 1890, não se sabia qual o tempo necessário para matar por eletrocução, apesar dos testes com cavalos e cachorros. Como o primeiro choque não oi suficiente, o segundo foi longuíssimo, algo em torno de dois minutos e meio. Hoje a contagem de tempo é feita automaticamente por um sistema que dá um ciclo de choques com tempos e voltagens diferentes
Efeitos mortais
A morte na cadeira elétrica acontece por um conjunto de fatores. Os choques de voltagens menores que 120 volts causam fibrilação no coração, enquanto correntes mais altas fazem um estrago no sistema nervoso central, causando perda de consciência e parada respiratória. O calor gerado pela corrente elétrica literalmente cozinha os órgãos internos
Tomada
A cadeira elétrica utiliza uma corrente alternada, gerada por um dínamo. Na execução de William Kemmler, em 1890, foi usado um aparelho de segunda mão, já que o fabricante, a Westinghouse, se negou a fornecer um dínamo novo. Sobre a execução de Kemmler, o dono da empresa, George Westinghouse, diria: “Era melhor terem usado um machado”
Voltagem
São aplicados simultaneamente choques de diferentes voltagens. O maior deles pode chegar a 2 mil volts, seguido por choques de voltagem menor. No primeiro choque a pessoa geralmente já fica inconsciente e muitas vezes morre sem a necessidade dos outros choques
Carrasco
São escolhidas pessoas anônimas. Ninguém sabe quem liga a chave-geral. No caso de Kemmler, diz a lenda que um de seus companheiros de prisão foi escolhido para o serviço. O código para ligar a chave foi uma prosaica batida na porta que separava a sala de execução do local onde o carrasco ligou o botão. Hoje, a autorização é feita por telefone




The second part of this video shows the real execution of Leon Czolgosz who was the anarchist that executed president McKinley in 1901. The execution was filmed by Thomas Edison.

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