terça-feira, 16 de agosto de 2011

Black Album - Metallica



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20 anos do Black Albúm
O álbum homônimo do Metallica, conhecido como álbum preto, completou 20 anos de existência nessa última sexta-feira (12 de Agosto) e a Gibson.com celebrou o feito compilando diversas citações dos membros da banda e outras pessoas em uma breve história oral do projeto. Segundo o The Pulse of Radio, o disco tornou o Metallica em super-estrelas, depois de serem heróis cults do metal pelos primeiros oito anos de sua carreira, mesmo com a banda diminuindo o ritmo e deixando de lado suas origens thrash metal para um estilo mais comercial, embora ainda pesado.

O baterista Lars Ulrich disse a Rolling Stone me 1991 sobre a mudança musical do disco, "nós nos sentíamos inadequados como músicos e compositores (no começo de nossas carreiras). Isto fez com que nós fossemos muito longe, na época do 'Master of Puppets' e no '...And Justice For All', no sentido de tentar nos provar. Nós fazíamos todas essas coisas estranhas para provar que éramos músicos e compositores capazes."

Ulrich acrescentou sobre os oito meses que foram necessários para gravar o álbum, "a gravação deveria ter sido mais rápida, em teoria, do que tentar fazer com que tudo ficasse perfeito nota por nota, como já havíamos feito antes. Mas como de costume com o Metallica, todas essas teorias e normalidades saem pela janela. Nos demorou o dobro do tempo para fazermos um disco que é duas vezes mais solto."

O frontman James Hetfield disse, "era um desafio para nós, fazer uma música com todos os riffs do universo e fazer isto funcionar. Agora estamos fazendo basicamente o contrário. O que é ainda mais desafiador."

O álbum foi o primeiro de quatro colaborações com o produtor Bob Rock, com o qual a banda brigou no decorrer da gravação do disco. Rock relembrou a Music Radar que, "os três primeiros meses foram difíceis. Todos eles estavam desconfiados de mim. Não foi um disco divertido, fácil de se fazer. Eu disse aos caras quando ficou pronto que eu nunca trabalharia com eles de novo. Eles se sentiram da mesma forma."

Ulrich disse sobre o Rock a NME, "nós nunca tivemos ninguém que nos forçasse antes... Nós sempre pensamos de nós mesmos como o 'Grande e Mau Metallica', mas Bob nos ensinou um mundo novo que nenhum de nós havia ouvido antes: com alma."

O álbum preto ultrapassou o disco "Come On Over" de 1997 da Shania Twain como o CD mais bem vendido da era SoundScan. Até agora, o disco vendeu 15,689,000 cópias.

Embora o Metallica tenha aparecido na rádio e em vídeo com o disco "...And Justice For All" de 1988, o álbum preto foi o grande sucesso comercial da banda, produzindo cinco singles e os tornando na banda mais popular de rock do mundo.

Bob Rock fala sobre Black Album

O produtor Bob Rock recentemente deu uma visão aprofundada sobre o ‘Black Album’ do Metallica.

“Não foi um álbum fácil e divertido de se fazer,” Bob contou à Music Radar. “Claro que demos algumas risadas, mas as coisas foram difíceis. Eu disse aos caras que quando completássemos esse álbum eu nunca trabalharia com eles de novo. Eles sentiram o mesmo a meu respeito.”

Sobre sua aproximação com composições do ‘mainstream’: “Eles tinham quebrado uma barreira, mas ainda não estavam nas rádios mainstream. Quando vieram até mim eles estavam prontos para fazer esse salto para algo grande. Um bocado de pessoas pensa que eu mudei a banda. Não mudei. Suas cabeças já estavam mudadas quando os conheci.”

Sobre o estilo de tocar bateria de Lars Ulrich: “Eu notei que o Lars tocava para a guitarra de James muito parecido com o jeito que Keith Moon tocava para Pete Townshend (The Who). Isso é legal para algumas bandas, mas não para todas. O ‘Back In Black’ do AC/DC foi um grande ponto de referência para um álbum de rock que ‘grooveava’. Eu disse isso em ordem para captar aquele sentimento, ele tinha que ser o ponto focal musicalmente. Então, em certas músicas, a banda tocou para Lars. Eles o acompanharam. Fez uma diferença real.”

Sobre James Hetfield: “Ele queria ir mais a fundo com sua composição. Ele queria que suas músicas realmente importassem. Nós falamos a respeito de grandes compositores, como (Bob) Dylan e (John) Lennon e Bob Marley, e eu acho que ele viu isso que ele poderia escrever para si mesmo, mas ainda tocar outras pessoas. Foi uma luta para ele, mas ele teve um tremendo avanço como compositor.”

Sobre gravar como uma banda ao vivo: “Eu insisti na banda tocar ao vivo no estúdio. Eles nunca tinham feito isso antes – todos os seus álbuns anteriores foram gravados em sessões separadas. Eu disse a eles, ‘vocês são uma grande banda ao vivo. Esta vibe é crucial para o álbum.’”

Sobre ‘Enter Sandman’: “Eu pedi a Jason (Newsted) para tocar mais como um baixista e menos como um guitarrista. Coloque isso com a nova perspectiva que Lars teve sobre a bateria e nós tínhamos uma música com um groove matador. De cara, baseado na música e no riff, a banda e seu empresário acharam que poderia ser o primeiro single. Então eles ouviram as letras de James e perceberam que a música era sobre morte no berço. Isso não iria dar certo.

Eu sentei com James e conversei sobre suas letras. Eu disse ‘O que você tem é ótimo, mas pode ser melhor. Tem que ser tão literal?’. Não que eu estivesse pensando no single; apenas queria que ele fizesse a música grande. Era um processo dele aprendendo a dizer o que ele queria, mas de um modo meio que aberto e mais poético. Ele reescreveu algumas letras e surgiu... o primeiro single.”

Sobre “Sad But True”: “Eles tocaram para mim a demo e eu os disse que eu achei que era a 'Kashmir' (N.T.: tida como uma das maiores canções do Led Zeppelin, do álbum Physical Graffiti) dos anos 90. Até onde sei, eles nunca tiveram nada tão pesado, tão energético e poderoso. Ritmicamente, eu poderia falar que ela tinha o potencial para ser absolutamente esmagadora!

Nós estávamos em pré-produção, e era desconfortável pois ninguém tinha feito isto com eles antes, e depois de seis canções veio ‘Sad But True’. De repente, eu percebi que cada música, incluindo esta, estavam afinadas em #E.

Então eu os informei que no ‘Feelgood' do MÖTLEY CRUE’, o qual eu produzi e o Metallica adorou, a banda havia afinado para D. O Metallica afinou para D, e isso é quando o riff realmente torna-se grande. Era essa força que você não pode simplesmente parar, não importa o que tente”.


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