[Do lat. luxuria.] S. f. 1. Viço ou exuberância das plantas. 2.
Incontinência, lascívia; sensualidade. 3. Dissolução, corrupção, libertinagem. - (escrito em 28/09/02) link original http://sistinas.com.br/sete-pecados-capitais.html
Ele estava ajoelhado, com os pulsos atados. Os braços esticados para frente,
pois uma corda grossa e áspera o amarrava ao fim do corrimão da escada.
Seria torturante se não fosse ela. De pé, ao lado dele, se masturbava, deixando
a vulva úmida quase ao alcance de sua boca. Ele sentia o doce aroma do sexo
dela, que por sua vez usava apenas meias e botas. Nada mais, o corpo descoberto,
e cada marquinha de biquíni e tatuagem o excitava mais e mais.
Ela era uma gata malhada, totalmente montada em horas de vaidade e academia,
mulher que deixava de lado um dia estressante de trabalho para fazer
bronzeamento artificial...
E agora ela estava ali, o dominando. Deixava a mulher no comando apenas algumas
vezes. Como nessa noite, apenas mais uma dentre tantas outras regadas a muito
sexo. Sua "domme" tinha despejado milho no local onde ele se ajoelhou,
ressuscitando talvez algum fantasma de infância dela, sei lá. E para não ser
apenas dor, se masturbava com tesão perto do rosto dele.
Quando cansou da masturbação, quis ser lambida e sugada. Aproveitou os braços
esticados, e passou uma perna por cima, então literalmente sentou a vagina na
cara dele, que se deliciou. Enquanto ela rebolava e esfregava o clitóris na
barba mal feita, sentia-se dona daquele homem. Gozou muito só com esse
pensamento. Talvez tenha descontado ali alguma frustração sofrida nas mãos de
outros machos que a usavam como objeto.
Ele estava cagando e andando para aquelas divagações. Queria comê-la, e ela
estava ali. Aberta e entregue. Ótimo!
Algum tempo depois, a situação estava invertida. Ela já tinha tirado as botas, e
ele se aproveitou das meias, tinha uma espécie enrustida de fetiche por pezinhos
femininos, então literalmente colocou seu pau dentro da meia, "vestindo" seu
membro junto ao pé de sua parceira. O roçar suave da meia e a visão de seu
objeto de desejo logo o fizeram gozar, e acabou enchendo de porra a meia,
melando também os dedos do pezinho dela. Um dos dedinhos aliás era adornado por
um anel, presente que ele mesmo dera.
Na verdade, chegou a pensar que aquele anel era o verdadeiro preço dessa trepada
fenomenal que estava tendo. Sua amiga era materialista ao extremo, e ele sabia
de ocasiões em que tinha se entregado à homens por somas em dinheiro, e outras
por um simples jantar sofisticado. Então, a idéia não soava absurda. Estava
comendo a mulher de seus sonhos ("uma das", ele se corrigiu logo em seguida)
apenas por tê-la cantado e dado um mísero agrado. Foi a vez dele se deliciar com
esse pensamento simples e materialista.
Eles estavam exaustos com esses joguinhos, então a penetração em si não foi tão
intensa nem tão excitante. Foi tudo mecânico, automático, e os gemidos dela
foram todos muito artificiais. Pelo menos ela não errou seu nome nenhuma vez,
coisa que lhe daria o direito de aplicar uma porrada muito forte no meio daquele
rostinho de putinha de luxo.
Ao fim de um vai-e-vem maçante e burocrático, nem de longe tão excitante quanto
sentí-la sentada em sua cara, muito menos que ter gozado no pezinho delicado
dela, chegaram ao orgasmo. Ela veio primeiro, gritava e gemia como uma loura de
filme pornô americano, e ele gozou logo depois. Tirou a camisinha cheia de
esperma, deu um nó e mostrou à ela o quanto de porra tinha lá dentro. Uma
bravata que o fazia sentir-se mais macho, nunca soube o porque achava aquilo
interessante, mas gostava de observar a reação da parceira. Essa quis provar.
Abriu na unha a camisinha, e soltou calmamente o conteúdo nos seios, como se
passasse na pele o mais caro hidratante cosmético, esfregando e massageando.
Foi a senha para mais uma rodada de sexo. Ao amanhecer, estavam cansados,
consumidos pela luxúria toda daquela madrugada. A despedida foi estranha, a
mulher saiu com um beijo apressado, alegando que iria trabalhar, apesar de ser
uma linda manhã de sábado.
Ele afundou-se em travesseiros e lençóis com cheiro de sexo, logo após a saída
dela. Tinha conseguido mais uma vez, comeu mais uma mulher, e essa ele desejava
há tempos. Nunca tinha investido de verdade, mas quando chegou conseguiu, e até
que fora relativamente fácil...
Mas, agora, sozinho em seu quarto, roupas espalhadas pelo chão, copos com restos
de bebidas misturadas com cinzas de cigarro, por que ele se sentia tão só?
Comandava os desejos de todas as mulheres que conhecia, transava com todas elas,
mas... Não amava nenhuma delas. E também não era amado, desejado sim, nada mais
que isso. Pela primeira vez se incomodou.
Foi tomar banho, carregando consigo um sentimento de vazio que sabia que nunca
preencheria...
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